Tuesday, January 29, 2008

CAFÉ PARAÍSO


Já enviei os poemas para as Quasi. O livro chama-se "Café Paraíso". Ainda tenho poemas que cheguem para outro livro. Depois de Sade e Nietzsche leio Rilke. Depois da turbulência a serenidade.

Sunday, January 27, 2008


A poesia pustulenta de Charles Bukowski.
Pedro Vianna · Belém (PA) · 19/2/2007 21:37 · 62 votos · 3 ·
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overponto


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em preparação para a leitura de poesia de hoje a noite, Charles Bukowski está lá fora, vomitando no estacionamento. ele sempre vomita antes das leituras: multidões lhe dão náuseas. e hoje há uma grande multidão. mais de 400 estudantes barulhentos – muitos vindos diretamente do bar mais próximo – espremidos dentro de um auditório anti-séptico. Bukowski sempre atrai uma boa multidão por suas atitudes, bem como por sua poesia. da última vez aqui, ele descolou uma garrafa e secou até o último gole. bêbado demais para ler, ele decidiu entreter os estudantes trocando insultos com eles. o que se transformou num show e tanto.

muitas desses caras hoje no auditório estiveram aqui na última leitura. alguns ficaram desapontadas por sua embriaguês; sentiram-se ofendidos. mas outros ficaram totalmente satisfeitos por entrar em contato com o verdadeiro Bukowski – você sabe, o lendário arruaceiro, o velho pervertido, o bêbado que não dá a mínima e sai por aí procurando porrada. eles viram Bukowski em seu estado natural.

alguns minutos depois Bukowski da uma espiada dos bastidores, tendo terminado seu ritual de aquecimento no estacionamento. pálido e nervoso, ele diz. O.K. vamos acabar logo com isso pra eu pegar meu cheque e cair fora daqui. então ele surge no palco. enquanto o público aplaude, Bukowski pega uma cadeira ao lado de uma pequena mesa no palco. debruçando-se sobre o microfone ele anuncia, eu sou Charles Bukowski, e toma um longo trago da garrafa térmica cheia de vodka com suco de laranja, propondo um brinde a vários estudantes. sorri, meio cínico, meio tímido. eu só trouxe um pouco de vitamina C comigo pra minha saúde...bem, aqui estamos nós, na batalha poética de novo, escute, eu decidi ler todos os poemas sérios primeiro e deixar sair de qualquer jeito então poderemos nos divertir, certo?


a vodka está funcionando; o velho vai levando. Bukowski está em boa forma. ele lê jocosamente as frases bem humoradas, alongando certas sílabas para enfatizá-las com sua voz mortificante, e administrando o rítmo para conseguir as mesmas inflexões que consegue no papel. a despeito de sua professada antipatia por leituras, ele parece estar curtindo, e para fechar sua performance ele surpreende o público lendo um trecho de uma novela inacabada. com um inusitado relato de um encontro com uma gorda, sexualmente faminta de meia idade, ele leva o público à loucura com seu ultrajante exagero. ela pulou sobre mim, e eu me vi embaixo de 160 quilos de algo monstruoso. sua boca estava colada a minha. gotejava cuspe, tinha gosto de cebola e vinho barato, e o esperma de 400 homens. subitamente ela salivou, eu engasguei e empurrei-a... antes que eu pudesse fugir ela já estava novamente em cima. agarrou minhas bolas com as duas mãos. sua boca abriu, sua cabeça baixou, e ela engoliu. ela babou, chupou, sacudiu. e por mais que eu estivesse quase vomitando, meu pau não parava de crescer. então, dando um tremendo puxão nas minhas bolas, quase rasgando meu saco ao meio, ela me forçou a cair no chão. sons asquerosos de sucção ecoavam pelas paredes enquanto meu rádio tocava Mahler. meu saco ficou inchado, vermelho, e coberto de cuspe. se eu gozar, eu pensei, nunca irei me perdoar.

quando ele terminou, a maioria dos estudantes levantou para aplaudi-lo. ele tirou os óculos e deu a multidão um pequeno aceno. agora vamos todos sair daqui e nos embriagar. ele apanhou seus papeis para sair. os aplausos continuavam enquanto ele saía. subitamente ele voltou e foi até o microfone. e por um momento baixou a guarda, e disse. vocês estão cheios de amor rapaziada...

Charles Bukowski, poesia
câncer
charles bukowski

o quarto dela era no alto da
escada.
ela estava sozinha.
“oi, Henry”, ela disse,
“odeio este quarto, ele
não tem janela.”

eu estava com uma tremenda ressaca.
o cheiro estava insuportável,
me senti como se fosse
vomitar.

“eles me operaram há dois dias”,
ela disse. “me senti melhor no dia
seguinte, mas agora estou na mesma, talvez
pior.”

“lamento, mamãe.”

“sabe, você estava certo, seu pai
é um homem horrível.”

pobre mulher, um marido bruto e
um filho alcoólatra.

“com licença, mamãe, eu volto
num instante...”

o cheiro tinha entrado por mim,
meu estômago ficou revirando.
saí do quarto
e desci alguns degraus,
sentei ali
segurando o parapeito,
respirando o ar
fresco.

a pobre mulher.

fiquei puxando o ar e
tentei não
vomitar.

levantei e subi de novo as
escadas e entrei no quarto.

“ele me mandou para uma clínica
psiquiátrica, você
sabia?”

“sim, eu disse a eles
que estavam com a pessoa errada.”

“você parece doente, Henry, você está
bem?”

“estou mal hoje, mãe, amanhã
volto para vê-la
novamente.”
“tudo bem, Henry...”

levantei, fechei a porta, e
desci as escadas.
fiquei lá fora, num jardim
de rosas.

deixei tudo sair no jardim
de rosas.

pobre mulher fodida...

no dia seguinte cheguei com
flores.
subi as escadas até o
quarto.
havia uma coroa de flores na
porta.
ainda assim tentei abrir a porta,
estava trancada.

desci as escadas
passei pelo jardim de rosas
e fui para a rua
onde meu carro estava
parado.

havia duas pequenas meninas
de 6 ou 7 anos de idade
voltando da escola.

“desculpem-me, senhoritas, mas vocês
não gostariam de flores?”

elas pararam e ficaram
me observando.

“tome”, e entreguei o buquê para a
mais alta, “agora você
divide, por favor dê a metade
à sua amiga.”

“obrigada”, disse a menina
mais alta, “elas são muito
bonitas.”

“é verdade”, disse a outra
menina, “muito
obrigada.”

elas foram embora
e eu entrei no meu carro,
dei a partida, e
voltei para
casa.

(“run with the hunted”)

CHARLES BUKOVSKI


(..)
isto não é um poema.
poemas são um tédio,
eles te fazem
dormir.

estas palavras te arrastam
para uma nova
loucura.


você foi abençoado,
você foi atirado
num
lugar que cega
de tanta luz.

o elefante sonha
com você
agora.
a curva do espaço
se curva e
ri.

você já pode morrer agora.
você já pode morrer do jeito
que as pessoas deveriam
morrer:
esplêndidas,
vitoriosas,
ouvindo a música,
sendo a música,
rugindo,
rugindo,
rugindo.

COMEÇAR DE NOVO

Começar de Novo (Ivan Lins/ Interp. de Simone)

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido

Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...

Saturday, January 26, 2008


Sim, amoleço, António
não sou a muralha de aço
que as pessoas pensam
quando lêem alguns dos meus escritos
tenho recaídas
mesmo não estando deprimido
o mundo não me dá motivos de felicidade
a Dulcineia não vem
tarda
e o mercado controla tudo.

Thursday, January 24, 2008

DEUS


Sou uma espécie de deus
estou no sítio dos homens
para lá dos homens

Escrevo versos
dialogo com os poetas
às portas do Olimpo

Sou uma espécie de deus
mas não consigo engatar a gaja.

Telha, 24.1.2008.

Tuesday, January 22, 2008


guitarristas en Vila do Conde Quasi Diário (6º acto) el 2006.05.24

Deslocado no espaço e no tempo. É assim que eu vejo António Pedro Ribeiro, talvez o caso mais sério da sub-cultura vilacondense e o seu mais digno representante. O Pedro sonha com revoluções movidas pelos ideais mais puros ( Che Guevara e Sandino ), e é simpatizante assumido da Insurreição Zapatista. Vê no movimento surrealista de Bretton e nos poemas malditos de Rimbaud, Baudelaire e Verlaine o sustento que lhe alimenta a alma, quando muitos sequer os compreendem ou olham com desconfiança. O Pedro é um cuspidor de palavras. Das suas palavras plenas de raiva que ecoam como bofetadas. Porque este não é o tempo do Pedro... nem o espaço. Vila do Conde é demasiado pequena para a sua poesia e Pe...

CARLA


filosofia gótica

"quero um cogumelo mágico
criar a dimensão da fantasia
procurar o sonho numa mente superior
abstracta impressionista
Uma figura original e ilusória
Um fragmento de pensamento
Um momento que não passa
Uma realidade fílmica
com o aroma a mar
O odor do céu
A cor de uma pétala
Um filme existencialista
a literatura abstraccionista
para o pensamento humano
que se expande no horizonte
e crio uma divindade da cor do fogo
porque sou o deserto
onde se pintam visões alaranjadas
tonalidades orgiásticas
Um mar que regressa pela manhã
Uma criança que flutua em cores bizarras
porque a cor nao morre
e há sempre lugar para a dimensão
mágica da lua que encanta
que alimenta seres que provêem de outras galáxias
e constroem realidades imaginárias
Onde se luta pela liberdade, pelo amor
de um corpo possesso
E que domina visões
uma eternidade quente inimaginável
um mundo estranho que transforma
figuras em desenhos altamente geométricos
são cores
são sonhos
são utopias
são revoluções
são distorções do som
são ruídos que completam a realidade
são mentalizações
são livros sem nome
são filosofias góticas
são histórias de guerreiros que sobrevivem para o encantamento
são seres superiores criados pela arte
são mistérios azul eléctrico
são os elementos naturais que lutam e gritam pela noite
porque gostam da libertação, do ser
que se deixa envolver pelo mistério do cosmos "

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EMBRIAGAI-VOS


Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais importa. Para que o horrível fardo do tempo não vos pese sobre os ombros e vos faça pender para a terra, deveis embriagar-vos sem cessar. Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude à vossa escolha. Mas embriagai-vos! E se um dia, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma valeta, na solidão baça do vosso quarto, acordardes, já sóbrios, perguntai ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola, a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai: ?Que horas são??. E o vento, a onda, a estrela, a ave, o relógio, responder-vos-ão: ?São horas de vos embriagardes!?. Para que não sejais os escravos martirizados do tempo, embriagai-vos sem cessar. De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha.?

Charles Baudelaire.


Fonte: http://nectardaspalavras.blogspot.com/2008/01/embriagai-vos.html
http://oserdoente.blogtok.com

Sunday, January 20, 2008


Venho ao bar e fico só
o mundo é uma merda
apesar dos empregados do "Guarda-Sol"
saudarem as minhas crónicas
e a entrevista à "Voz da Póvoa"
Volto ao bar e fico só
não há amigos
nem companheiros de noitada
e muito menos mulheres maradas
com quem falar
mas até às 5 da madrugada
muito pode acontecer
já há muito que não escrevo poemas épicos
nem apanho borracheiras a valer
bebo para combater o tédio
bebo até o sol nascer
estou completamente só
escrevo no bar do mercador anarquista
estou completamente só
mas não me apetece ir para casa dormir
estou completamente só
e deixo a coisa rolar
estou sem poderes
e não posso dançar
estou doido
e não me posso manifestar
estou no bar
e já não tenho amigos
estou doido
e a vida é uma merda
estou doido
e não se passa nada
estou doido
e ando à cata do Uno Primordial
estou doido
e não há mulheres
estou doido
e há mulheres inacessíveis
estou doido
mas não consigo vencer as distâncias
estou doido
e vou ficar até de madrugada
estou doido
e estou sem lei
estou doido
e não consigo ser rei
estou doido
que vai ser de mim?
estou doido
e vou beber até ao fim
estou doido
e o amigo vem

Pátio, 19.1.2008.

Tuesday, January 15, 2008

VIVE L' ANARCHIE!


oublié l'état

"just feel it " em viagem transcendental . O regresso ao sistemo emocional humano construido numa base artística ... " eu quero eu quero, a mutilaçao do ente superior colectivo aditivo, compressao ... " em progressao fantástica " eu nao preciso " a minha unica necessidade é musica e movimento . Encontrei o estado sensitivo em equilibrio . Sinergia. A pureza das sensaçoes. O encantamento e defendo a superioridade da mente humana educada em arte ... sem tv. no watching tv. (du ska on moi... je ai besion ...) Anarca, la revoluzione es necessaria . Imperativa. "could you be love" o fantástico bob marley ... quero mesmo bater com os pes na areia quente da jamaica, fumar uns joints de marijuana e a violência de rua deve ser combatida com uma abordagem cultural especialmente nos guettos ... dançar fotografar com uma polaroid desenhar e uma tela colectiva (o embriao do colectivismo) gigantesca nas ruas para pintarem, sound... travelling sound como o dos zero sequence talvez... acho que o trance se enquadra muito bem no moviemnto que eu criei CELEBRAÇOES EM HONRA DA FERTILIDADE DOS SOLOS AFRICANOS AKA AU CONTRAIRE DES GOVERNEMENTS QUI VENDS DES ARMS. Podes pertencer nao pagas nada.!!!! "everything is gonna be all right " um amigo disse me pessoalmente que estavam a nascer cens dos solos africanos e que ninguem sabe como ... Talvez o meu movimento tenha alguma coisa a ver. trabalho de uma espiritualidade superior. Basta acreditarmos. O poder da mente do sentimento do feeling é fantástico. Eu amo !! Naturalmente !! Born in the usa " ainda bem que nao nasci nos states I would lijke to be born in Cabo Verde ou Sao Tome e Principe... where people doesn t have ocidental values ..: I want to beat also with my feet in the sand of the Sahara's desert . Estou a ouvir radio perto da terra de cervantes e da doce dulcineia, d. quixote e sancho pança ... um imaginarium colorido, de aventura sagrada "get up... like a sex machine" tipo miguel newton hi hi hi um ente superior para mim real unreal real unreal implosion ! " a minha sogra é um boi a minha sogra é um boi a minha sogra é um grande boi !" nao acredito no estado. esquecer o estado o mesmo que se faz com a puta da autoridade enquanto nao se bane. nao acredito na autoridade. O opium do povo e os "bizarros como o nosso charro " respectivamente e sinto que tenho de entrar em progressao fantástica ui ui ui ninguém deve pagar IRS, o estado nao tem nada a ver com a nossa vida privada se querem dinero, que sejam criativos. Porque é que se intrometem no dinero que um cidadao , um ser humano protegido pela declaraçao dos direitos do homem se quisermos ser institucionais ganha? Acabar com o estado. ja o desconstruí em 4 ou 5 versoes diferentes. So curto amigos. e o Sócrates nao é meu amigo. nunca fez nada por mim nem me arranjou trabalho nem entro na onda dos jobs for the boys porque sou anarquista revolucionária.
Eu amo. Eu sonho. Eu prexiso de arte ! Curtam a semana ! Desejo-vos um horizonte lunar de magia ...

dedicado ao antigo dj residente do swing, Carlitos
(lembras-te de star guitar ?)
Carla, a miuda que vivia "vidrada" em TI,
uma deusa "pop"

in http://voodooexperience.blogspot.com

Monday, January 14, 2008

DEUS


Deus
agora sou Deus
Deus
agora é tudo meu
Deus
desafio-te
a acabares comigo
se ainda és Deus.

Sunday, January 13, 2008


Sábado, 12 de Janeiro de 2008
gosto dele . 'e giro e tem uma visao do mundo progressiva . o som do Del Costa pra mim 'e junkie, uma amiga defino o como friky sound !! ya ! !hey boys hey girls! ... i can feel you ... in the dancefloor... touching your emotions ... feeling ... tive agora a ideia de apresentar a tese de licenciatura {a escola *sou tipo o documentarista / fant'astico Jorge Campos, curtia encontr'a lo olha dedico lhe o Voodoo Experience ... hey monsieur i am a fucking outsider .... vou desenvolver o tema dos tuaregues . pe\o trabalho de campo para investigar . o trabalho foi interessante .... pois, choque cerebral .... vou ser acusada de nazi ... nao aceito em misturar a minha concep\ao / ideologia de superioridade de esp'irito ... crescer com a aventurar ... autobaptizei os djs musiciens e artistas de dieus de I connu ! rien de peut on nous on veut le tout ... continuo a sentir me num club tipo anos vinte e penso que sou uma escritora em viagem pela morte , em persegui\oes pol'iticas ideol'ogicas .... Idolatro a palavra Ideologia ... encontrei h'a dias a minha prof, de filosofia , Emilia Barros e disse lhe na rua que atingi o cumulo do nihilimo . que atingi o auge, a superioridade pelo concento que se tem da historia mundial , sendo o mais importante o colaboracionismo ... ya ... fant'astico o universo ... perdoem mas estou numa linguagem diferente .... hitler para mim foi um pseudo artista, o meu imaginarium nao consegue ter visao para alguem como ele denunciante, conseguir transmitir a visao mais proxima da perfei\ao da humanidade de uma forma psicad'elica ... viver uma ! vertigem alternativa ... o hashe traz nos visoes fant'asticas ... um expansor de consciencia, costumo dizer que nao aumenta, nao acrescenta, nao incha ... o cavalo autobaptixei o de @simulacro@ do sentir ... so se pensa em usar mais ... ter o flash que eu por acaso nunca tive porque nunca injectei ... a coca'ine 'e arrog{ancia @ uma das cenas para minha tese que se vai chamar @ a insustentavel beleza do ser @ dedicada aos artistas vou defender que uma teoria minha direccionada para a rela\ao imaginativa que tenho com os djs

in http://voodooexperience.blogspot.com

Thursday, January 10, 2008

RIBEIRO NO SOL


Sessões n'A Barraca - António Pedro Ribeiro
António Pedro Ribeiro , poeta e declamador com um impressionante cadastro por desacato lírico, discursos indecorosos, incitação ao consumo literário, e outras patifarias afins, vem pela primeira vez ao nosso palco para provar que a juventude lusitana está definitivamente perdida.

Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro -Manifestos do Partido Surrealista Situacionista Libertário, da Objecto Cardíaco, é o livro que serve de base a este bonito sarau, que contará ainda com a luxuriante e gentilíssima presença de Henrique Monteiro

Sol, 24.10.2006

Wednesday, January 9, 2008

APR


A. Pedro Ribeiro ou António Pedro Ribeiro nasceu no Porto em Maio de 68 (não por acaso…). Andou vários anos por Braga, onde frequentou os liceus Sá de Miranda e Alberto Sampaio e outras capelas diurnas e nocturnas, pela Trofa, pelo Porto, pela Póvoa de Varzim e por Vila do Conde e reside actualmente em Vilar do Pinheiro (Vila do Conde). É vocalista da banda punk-rock MANA CALORICA (www.myspace.com/manacalorica) e há 19 anos que diz poesia em vários tascos, salas e saloons do país (com “baptismo de fogo” em Braga no antigo Café Tuaregue, hoje Fórum), tendo actuado em duas performances poéticas ao lado de Adolfo Luxúria Canibal e Isaque Ferreira no Festival de Paredes de Coura em Agosto de 2006 . É licenciado em Sociologia e é jornalista. Foi fundador e é colaborador da revista “Aguasfurtadas”. Em 2005 a RTP e o DIÁRIO DIGITAL (Outubro) e o PÚBLICO (Novembro de 2004) noticiaram uma candidatura sua à Presidência da República pela Frente Guevarista Libertária.

António Pedro Ribeiro foi mandatário distrital em Braga pelo PSR nas eleições legislativas de 1995 e candidato às Juntas de Freguesia da Póvoa (onde ficou a dois votos de ser eleito para a Assembleia de freguesia) e de Vila do Conde em 2005 e 2001 pelo Bloco de Esquerda, partido de que se afastou. Actualmente considera-se anarco-nietzscheano-guevarista.

Sunday, January 6, 2008

POEMA


Venho ao café
escrever poemas
e tu sorris para mim

venho ao café
em Atenas
e tu Helena até ao fim

Venho ao café
passo as horas
e tu dentro de mim

Venho ao café
as pessoas entram
e tu loira ao balcão

Venho ao café
curtir amarguras
bate bate coração

venho ao café
trago livros loucuras
se não vens
fico abaixo de cão.

Mulher que lê o jornal


Notícias da província
do país
do mundo
os balões de ar quente
o zeppelin
o primeiro aeroplano
telefonia sem fios
sufragistas
naturalistas e novas descobertas
mora tudo nas páginas do jornal
que ela lê


absorta
o romance de Zola
a poesia de Junqueiro
os desenhos de Bordalo
o borda d?água
as modas de Paris


a balzaquiana de trinta anos
devora o jornal
com persistente interesse
a pressentir que a vida
afinal
não termina na soleira da porta
nem o mundo no fim da rua.

(Brissos Lino)


Fonte: http://poetasalutor.blogspot.com/2007/12/no-princpio-do-sculo-vinte.html

Thursday, January 3, 2008

CAMA


Percorro a cidade
e tu não sais da cama
danço com os deuses
mas nada posso fazer por ti

Percorro as ruas e os cafés
de há 15 anos
e tu não sais da cama
escrevo poemas patéticos
e tu não sais da cama
bebo cerveja
e tu não sais da cama
escrevo cinco poemas por dia
e tu não sais da cama
danço com os deuses
mas nada posso fazer por ti

Finalmente um café
que não mudou de gerência
e tu não sais da cama
tenho livros publicados
e tu não sais da cama
vou dizer poesia ao "Púcaros"
e tu não sais da cama
volto para casa
e tu não sais da cama
enlouqueço
e tu não sais da cama
olho para as mamas
e tu não sais da cama
como um bolo de arroz
e tu não sais da cama
amaldiçoo o Governo
e tu não sais da cama
insulto Deus
e tu não sais da cama
os namorados beijam-se
e tu não sais da cama
danço com os deuses
mas nada posso fazer por ti.

Braga, 30.12.2007