Ruiva
sentada à mesa
acaricias a criança
o quanto te amo
o quanto te desejo
ao telemóvel
acaricias a criança
ternuras tantas
ao fundo
do riso
da gargalhada
linda
acaricias a criança
minha deusa
não sei de onde vens
de Roma talvez
como Augusto
e até sempre
acaricias a criança
que ri
sob a coroa de César
ris
de brincos
e acaricias
a criança...
A. Pedro Ribeiro
Wednesday, May 30, 2007
Monday, May 28, 2007
SALÃO ERÓTICO
SALÃO ERÓTICO JÁ MEXE!O III SIEL (Salão Internacional Erótico de Lisboa) já mexe, apesar de só começar a 21 de Junho, no pavilhão 4 da FIL, no Parque das Nações. A apresentação decorreu no Hotel Altis Park e revolucionou toda a zona das Olaias.O Ganda Ordinarice não podia faltar. E já começou a postar as novidades.O nosso grande amigo Gimba é o porta-voz do Salão. Falou bem e mostrou o seu novo "look" tropical. Sá Leão voltou a filmar e agora está numa de "filmar por encomenda". Os casais pedem-lhe, Sá Leão vai ao domicílio.Este ano o Salão vai ter uma zona em que se rodam filmes XXX e o público pode assistir, dar uma ideias para a rodagem e ver a coisa toda "por dentro", salvo seja. Também vai haver reuniões estilo Tupperware, mas com adereços sexuais. É o conceito "Mala D'Eros", apresentado pela boutique erótica Casa D'Eros, directamente oriunda da Rua da Firmeza, no Porto.A acrobata vaginal, Sonia Baby, é presença que se irá repetir em Lisboa. Tal como Cicciolina, que no dia 19 de Junho chega à capital do reino para encontros com a Comunicação Social.Já sabem, a partir de agora e até finais de Junho... é sempre a dar-lhe no Ganda Ordinarice!Dick Hardhttp://www.gandaordinarice.blogspot.com
Sunday, May 27, 2007
Wednesday, May 23, 2007
Monday, May 21, 2007
Sunday, May 20, 2007
Tuesday, May 15, 2007
REBEL, REBEL
From :
Nuno Miguel Luzio
Reply-To :
mao-morta@yahoogroups.com
Sent :
Tuesday, May 15, 2007 2:01 PM
To :
mao-morta@yahoogroups.com
Subject :
Re: [mao-morta] Maldoror is dead dead dead
Inbox
(Monstrum in fronte, monstrum in animo. Process, Process, slum full of fun) Beausoleil, soleil soleil soleil soleil Beausoleil, reaping Nirvana in a desert land Beausoleil, Thine anger rising like a scorpion Beausoleil, dune buggy baby on a fairground slide Beausoleil, the taste of honey and the swirl of flies Beausoleil, jackbooting wide-eyed in the widest pit Beausoleil, looking at smiles and seeing nly grins Beausoleil, did dead gods smell when the dog's blood rose Beausoleil, now all Thine summers turn to menstrual winters Beausoleil, kill kill kill kill kill kill kill kill killy kill Beausoleil, did dog's blood rise when the dead gods died Beausoleil, beautiful sunshine whose shadow hides Beausoleil, white brothers planting burning crosses Beausoleil, the sharpest flavour is the one that stains Beausoleil, when dog's blood rises does it also dance Beausoleil, grey benediction of the Final Church Beausoleil, it's just your habit of culling time Beausoleil, a Death In June under a menstrual moon Beausoleil, Scorpio Rising but the Light Bearer falls Beausoleil, the squeaky laughter of a giddy world Beausoleil, still waving black flags from a stubble field Beausoleil, a maltese cross is pierced by the Blood of Christ Beausoleil, hiding from cancer crabs and cracking jokes Beausoleil, arson archbishop makes the deserts burn Beausoleil, the dead are grateful -- all you need is love Beausoleil, fat Buddhas smiling with the widest grin Beausoleil, candy floss surgeon with the golden hair Beausoleil, a brand new Process for a brand new age Beausoleil, a black Messiah wearing buckskin boots Beausoleil, assassin creepy-crawls through Hebron's Vale Beausoleil, there's no business like the devil's business Beausoleil, another martyr for the Noddy Apocalypse Beausoleil, que sera, sera Beausoleil, we want to sink into the deepest basin Beausoleil, fils de perdition, Luciferens Beausoleil, 7 and 7 is the hidden key Beausoleil, a train to Clarkesville in the menstrual night Beausoleil, Disneyland darkens with your Armageddon smile Beausoleil, sangs rGyas chos dang tsogs kyi mChog rNams la Beausoleil, you hide your candle on Golgotha's hill
Friday, May 11, 2007
PARA FERNANDO PESSOA
El diablo
no "Martinho da Arcada"
a beber "Macieira"
é sexta-feira
os boatos ladram
e a caravana passa
prima Vera em destroços
chá e torradas
na "Brasileira"
Dionisos palhaços
instintos à solta
é o rocker e a batida
é o singer e a velinha
é o poeta e a alvorada
o catarro e a bebedeira
nos olhos da menina
chuva de pérolas
são só rosas, senhora,
com amêndoa amarga
é pró menino e prá menina
é o "special one" e a vagina
estendidos na avenida
na rua na calçada
rua do Ouro Augusta
no Douro na queca
que dispara...
Indio
cães de raiva
irmãs e àguias
a natureza
à minha mesa
Nietzsche
mulher que chega
rock que paga
do not cross
not the cross
beatnick
beat
beat
it's all over
my warrior king.
Thursday, May 10, 2007
MALDOROR, MEU AMOR
GOD AND SATIN
"Me & My God" de Paul Satele:
My God & I are one & the same,
We have the same face
we have the same name.
We share the same body
and have the one mind.
My God is my life,
& my life is divine.
No idols I worship,
no gods madeby man,
My God I've created,
his strength in my hand.
My God and I are one & the same,
I am my God & my God has my name.
Wednesday, May 9, 2007
FACADAS NA MORAL
Poemas -> Droga - Droga - Poemas e Cartas - Luso-Poemas
Saloon exibicionista estoirar bar aberto canção tiro aos bonecos aos mortos aos matrecos ... aos rotos às facadas na moral! A. Pedro Ribeiro, Braga, 2010. ...www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?storytopic=33 - 75k -
Saloon exibicionista estoirar bar aberto canção tiro aos bonecos aos mortos aos matrecos ... aos rotos às facadas na moral! A. Pedro Ribeiro, Braga, 2010. ...www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?storytopic=33 - 75k -
ALL IN BLACK
YouTube - Ribeiro na Pulga.
António Pedro Ribeiro lê "Saloon", na apresentação do livro com o mesmo nome, na livraria Pulga, no Porto, ... -você é jornalista, faça-me uma entrevista. ...www.youtube.com/watch?v=dQvedusXtao - 80k - Em cache - Páginas semelhantes
António Pedro Ribeiro lê "Saloon", na apresentação do livro com o mesmo nome, na livraria Pulga, no Porto, ... -você é jornalista, faça-me uma entrevista. ...www.youtube.com/watch?v=dQvedusXtao - 80k - Em cache - Páginas semelhantes
Monday, May 7, 2007
MALDOROR E OS MÃO MORTA
Entrevista com os Mão Morta: Novos cantos
Davide Pinheiro
O novo espectáculo dos Mão Morta estreia já na próxima sexta-feira. Maldoror é adaptado da obra «Cantos de Maldoror» de Lautreamont e dá sequência a uma ideia já antiga mas que só agora se concretizou. Adolfo Luxúria Canibal desvendou alguns segredos sobre o que se vai passar no palco do Theatro Circo.
«Maldoror» resulta de uma ideia antiga nunca colocada em prática. Por outro lado, Adolfo Luxúria Canibal nunca deixou de se referir a «Cantos de Maldoror» como o seu livro preferido. O útil juntou-se ao agradável.«Era uma ideia antiga do Miguel Pedro. Já para a Expo 98 tínhamos feito uma proposta de apresentar um espectáculo não sobre o livro mas sobre uma estrofe do livro. Na altura, não foi aceite. Eu opunha-me porque achava que era um trabalho para lá da nossa envergadura. Entretanto, acabei por me deixar levar por esta loucura. É uma obra de uma dimensão extraordinária. Da nossa parte, primeiro passámos a obra para a música. Depois foi um trabalho de composição e finalmente montámos o espectáculo.»
Em 1997, os Mão Morta trabalharam textos do dramaturgo alemão Heiner Muller a convite de Jorge Silva Melo. O espectáculo foi apresentado no Centro Cultural de Belém e, mais tarde, em variados teatros do país. Que semelhanças esperar?« Os dois espectáculos têm alguma coisa em comum porque têm uma envolvência cénica muito forte. Na altura, não trabalhámos com um encenador. Trabalhámos os textos do Muller. Aqui, a música dá leitura aos textos e o contrário também. Há uma interferência maior das duas linguagens. No Muller havia pequenas peças que depois narrámos. Aqui pegámos num todo formado por pedaços, esboços de histórias que não chegam ao fim e desse todo retiramos partes ainda mais pequenas mas dando no resultado final a impressão desse livro. O espectáculo não procurou a narração mas sim a fragmentação. A encenação do Muller era nossa. Aqui achámos que não tinhamos capacidade para fazer esse trabalho porque ultrapassava as nossas competências.»
A estreia de Maldoror dá-se em casa, isto é, em Braga (cidade natal dos Mão Morta), no reactivado Theatro Circo. Todavia, há planos para levar o espectáculo a outros teatros do país.« O Muller estreou em Lisboa porque foi co-produzido pelo CCB; este foi o mesmo com o Theatro Circo que reabriu recentemente. Eles convidaram-nos mas chegámos à conclusão que não o conseguiríamos ter pronto em Outubro, depois no fim do ano, e em Fevereiro. Só o conseguimos ter pronto agora em Maio. A estreia em Braga tem a ver com o facto de quem nos produz ser o Theatro Circo. A ideia é haver uma itinerância. Na altura em que fizemos Muller havia poucos espaços, pelo país. Agora há mais e é mais fácil mas, neste momento, apenas Portalegre (dia 19 de Maio) está confirmado. As outras datas estão apenas previstas para 2008, nomeadamente Lisboa, Porto e Coimbra.»
Com a facilidade que a tecnologia oferece em termos de gravação, Maldoror será, inevitavelmente registado para a posteridade tal como «Muller no Hotel Hessischer Hof» foi. A edição não está, no entanto, garantida.A ideia é filmar os espectáculos tal como fizemos com o Muller. Aqui vamos filmar o ensaio geral e os dois primeiros concertos. Consoante o resultado depos veremos. Não é igual a nada do que fizemos mas é imediatamente reconhecivel. Há uma ou outra canção. Há repetições, melodias e desenvolvimentos diferentes. A electrónica tem algum peso como tem sempre mas em grande parte dos temas há uma presença que serve de base. Eu apresento-me com um registo spoken word com gritos esporádicos.
«Maldoror» resulta de uma ideia antiga nunca colocada em prática. Por outro lado, Adolfo Luxúria Canibal nunca deixou de se referir a «Cantos de Maldoror» como o seu livro preferido. O útil juntou-se ao agradável.«Era uma ideia antiga do Miguel Pedro. Já para a Expo 98 tínhamos feito uma proposta de apresentar um espectáculo não sobre o livro mas sobre uma estrofe do livro. Na altura, não foi aceite. Eu opunha-me porque achava que era um trabalho para lá da nossa envergadura. Entretanto, acabei por me deixar levar por esta loucura. É uma obra de uma dimensão extraordinária. Da nossa parte, primeiro passámos a obra para a música. Depois foi um trabalho de composição e finalmente montámos o espectáculo.»
Em 1997, os Mão Morta trabalharam textos do dramaturgo alemão Heiner Muller a convite de Jorge Silva Melo. O espectáculo foi apresentado no Centro Cultural de Belém e, mais tarde, em variados teatros do país. Que semelhanças esperar?« Os dois espectáculos têm alguma coisa em comum porque têm uma envolvência cénica muito forte. Na altura, não trabalhámos com um encenador. Trabalhámos os textos do Muller. Aqui, a música dá leitura aos textos e o contrário também. Há uma interferência maior das duas linguagens. No Muller havia pequenas peças que depois narrámos. Aqui pegámos num todo formado por pedaços, esboços de histórias que não chegam ao fim e desse todo retiramos partes ainda mais pequenas mas dando no resultado final a impressão desse livro. O espectáculo não procurou a narração mas sim a fragmentação. A encenação do Muller era nossa. Aqui achámos que não tinhamos capacidade para fazer esse trabalho porque ultrapassava as nossas competências.»
A estreia de Maldoror dá-se em casa, isto é, em Braga (cidade natal dos Mão Morta), no reactivado Theatro Circo. Todavia, há planos para levar o espectáculo a outros teatros do país.« O Muller estreou em Lisboa porque foi co-produzido pelo CCB; este foi o mesmo com o Theatro Circo que reabriu recentemente. Eles convidaram-nos mas chegámos à conclusão que não o conseguiríamos ter pronto em Outubro, depois no fim do ano, e em Fevereiro. Só o conseguimos ter pronto agora em Maio. A estreia em Braga tem a ver com o facto de quem nos produz ser o Theatro Circo. A ideia é haver uma itinerância. Na altura em que fizemos Muller havia poucos espaços, pelo país. Agora há mais e é mais fácil mas, neste momento, apenas Portalegre (dia 19 de Maio) está confirmado. As outras datas estão apenas previstas para 2008, nomeadamente Lisboa, Porto e Coimbra.»
Com a facilidade que a tecnologia oferece em termos de gravação, Maldoror será, inevitavelmente registado para a posteridade tal como «Muller no Hotel Hessischer Hof» foi. A edição não está, no entanto, garantida.A ideia é filmar os espectáculos tal como fizemos com o Muller. Aqui vamos filmar o ensaio geral e os dois primeiros concertos. Consoante o resultado depos veremos. Não é igual a nada do que fizemos mas é imediatamente reconhecivel. Há uma ou outra canção. Há repetições, melodias e desenvolvimentos diferentes. A electrónica tem algum peso como tem sempre mas em grande parte dos temas há uma presença que serve de base. Eu apresento-me com um registo spoken word com gritos esporádicos.
in DIÁRIO DIGITAL
Sunday, May 6, 2007
THE LION TAKES THE QUEEN
QuO Vadis
Olhos em fogo
mamas no café
olhos em fogo
cruzes que tu és
mago
bandido
artista sem medo
fazes-te ao palco
o mundo a teus pés
olhos em fogo
caídos à mesa
e agora quem és?
o que é que a fêmea
quer de ti
rocker bailarino
cavaleiro das Highlands?
o que é que a besta
quer de ti?
Quem és tu,
Dionisos,
Prior de Byron?
A. Pedro Ribeiro, 6 maio 2007.
Saturday, May 5, 2007
A CANTIGA É UMA ARMA
A cantiga é uma armaeu não sabiatudo depende da balae da pontariaTudo depende da raivae da alegriaa cantiga é uma armae eu não sabia
Há quem cante por interessehá quem cante por cantare há quem faça profissãode combater a cantare há quem cante de pantufasp'ra não perder o lugar
O faduncho choradinhode tavernas e salõessemeia só desalentomisticismo e ilusõescanto mole em letra duranunca fez revoluções(...)O Grupo de Acção Cultural (GAC) iniciou as suas actividades em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril. No seu início o GAC era um projecto musical que envolvia nomes como José Mário Branco, José Afonso, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e mesmo José Niza e Manuel Alegre.O que se pretendia com este grupo era apoiar as greves e outras manifestações que despontavam como cogumelos.
Em 1975 dá-se a separação definitiva das águas , ficando o GAC como um projecto ligado ou muito próximo da UDP, constituído por um grupo de vozes que giram à volta do principal impulsionador e mentor José Mário Branco.
Por esta época chegou a haver o GAC Norte e o GAC Sul e o grupo chegou a realizar 3 sessões ( como se chamavam os concertos) durante um só dia.
Do GAC faziam parte nomes como Afonso Dias, João Lisboa ( actual crítico do "Expresso"), Carlos Guerreiro,Rui Vaz ( actuais membros dos Gaiteiros de Lisboa) e Nuno Ribeiro da Silva ( que foi secretário de Estado num dos governos de Cavaco Silva).
O grupo concorre ao Festival RTP da canção com o tema "Alerta" e editará muitos outros singles , tais como "A Cantiga É Uma Arma" ou " A Ronda do Soldadinho". Estes singles serão , posteriormente, reunidos num LP intitulado "A Cantiga É Uma Arma".
Com o 25 de Novembro, os ânimos políticos arrefecem e o grupo começa a iniciar uma nova fase que passa pela recolha de temas tradicionais , recriados com novas letras da autoria do grupo ou com originais muito próximos da música tradicional. Tal é o caso do LP " Pois Canté!", editado em 1976.
Este é um disco fundamental para a compreensão de todo o fenómeno posterior de recriação da música tradicional, feita por grupos como Raízes, Brigada Victor Jara, Vai de Roda, etc.
Este trabalho faz, aliás, parte das obras que o jornal "Público", numa votação dos seus críticos musicais , considerou como dos melhores de sempre da música portuguesa.
José Mário abandona o grupo ( que mantém a designação GAC- Vozes na Luta) para se dedicar à militância política e ao teatro.O GAC editará ainda mais 2 LP's " Vira Bom" e "Ronda da Alegria" , na linha do anterior " Pois Canté!", recriando a música tradicional portuguesa.Em 1978 desaparecia um dos mais importantes grupos de música portuguesa, que contribuiu de firma decisiva (embora , por vezes, não se dê conta disso) para o desenvolvimento de uma estética musical baseada na criatividade e na inovação.Este último texto foi retirado de:http://www.novaguarda.pt/241199/g_opi1.htm
posted by viriato @ 4.5.07
Há quem cante por interessehá quem cante por cantare há quem faça profissãode combater a cantare há quem cante de pantufasp'ra não perder o lugar
O faduncho choradinhode tavernas e salõessemeia só desalentomisticismo e ilusõescanto mole em letra duranunca fez revoluções(...)O Grupo de Acção Cultural (GAC) iniciou as suas actividades em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril. No seu início o GAC era um projecto musical que envolvia nomes como José Mário Branco, José Afonso, Fausto, Adriano Correia de Oliveira e mesmo José Niza e Manuel Alegre.O que se pretendia com este grupo era apoiar as greves e outras manifestações que despontavam como cogumelos.
Em 1975 dá-se a separação definitiva das águas , ficando o GAC como um projecto ligado ou muito próximo da UDP, constituído por um grupo de vozes que giram à volta do principal impulsionador e mentor José Mário Branco.
Por esta época chegou a haver o GAC Norte e o GAC Sul e o grupo chegou a realizar 3 sessões ( como se chamavam os concertos) durante um só dia.
Do GAC faziam parte nomes como Afonso Dias, João Lisboa ( actual crítico do "Expresso"), Carlos Guerreiro,Rui Vaz ( actuais membros dos Gaiteiros de Lisboa) e Nuno Ribeiro da Silva ( que foi secretário de Estado num dos governos de Cavaco Silva).
O grupo concorre ao Festival RTP da canção com o tema "Alerta" e editará muitos outros singles , tais como "A Cantiga É Uma Arma" ou " A Ronda do Soldadinho". Estes singles serão , posteriormente, reunidos num LP intitulado "A Cantiga É Uma Arma".
Com o 25 de Novembro, os ânimos políticos arrefecem e o grupo começa a iniciar uma nova fase que passa pela recolha de temas tradicionais , recriados com novas letras da autoria do grupo ou com originais muito próximos da música tradicional. Tal é o caso do LP " Pois Canté!", editado em 1976.
Este é um disco fundamental para a compreensão de todo o fenómeno posterior de recriação da música tradicional, feita por grupos como Raízes, Brigada Victor Jara, Vai de Roda, etc.
Este trabalho faz, aliás, parte das obras que o jornal "Público", numa votação dos seus críticos musicais , considerou como dos melhores de sempre da música portuguesa.
José Mário abandona o grupo ( que mantém a designação GAC- Vozes na Luta) para se dedicar à militância política e ao teatro.O GAC editará ainda mais 2 LP's " Vira Bom" e "Ronda da Alegria" , na linha do anterior " Pois Canté!", recriando a música tradicional portuguesa.Em 1978 desaparecia um dos mais importantes grupos de música portuguesa, que contribuiu de firma decisiva (embora , por vezes, não se dê conta disso) para o desenvolvimento de uma estética musical baseada na criatividade e na inovação.Este último texto foi retirado de:http://www.novaguarda.pt/241199/g_opi1.htm
posted by viriato @ 4.5.07
roubado a http://pimentanegra.blogspot.com
Friday, May 4, 2007
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