70% dos portugueses contra construção de central nuclear em Portugal - Estudo
Lisboa, 19 mai (Lusa) - Cerca de 70 por cento dos consumidores particulares de energia discorda da construção de uma centrar nuclear em Portugal, cons...
70% dos portugueses contra construção de central nuclear em Portugal - Estudo
Lisboa, 19 mai (Lusa) - Cerca de 70 por cento dos consumidores particulares de energia discorda da construção de uma centrar nuclear em Portugal, considerando que existem riscos para a saúde pública e segurança, segundo um estudo divulgado hoje.
Intitulado "A Energia em Portugal", o estudo da Associação Portuguesa de Energia (APE) foi feito com recurso a inquéritos elaborado por uma empresa de estudos de mercado, e mostra que os 30 por cento de consumidores particulares que concordam com a construção de uma central nuclear em Portugal apontam como principal vantagem a produção de energia mais barata.
O estudo é divulgado dois meses depois do desastre nuclear na central de Fukushima, no Japão.
Em Espanha, a pouco mais de 100 quilómetros da fronteira com Portugal, está localizada a central nuclear espanhola de Almaraz.
No que respeita aos combustíveis derivados de petróleo, é possível constatar uma alteração no comportamento dos consumidores face a 2006, ano em que a APE fez a primeira edição do estudo.
Assim, nos últimos anos "passou a ser o preço, e não a localização, a principal condicionante na escolha dos postos de abastecimento pelos particulares e do fornecedor de combustíveis pelas empresas".
A incorporação de biocombustíveis é ainda pouco conhecida entre consumidores, no que respeita à sua inclusão no gasóleo rodoviário.
No entanto, "cerca de 28 por cento dos consumidores particulares estão dispostos a pagar mais por litro de gasóleo, consoante o maior teor de biocombustíveis incorporado. Destes, mais de 70 por cento estão dispostos a pagar um acréscimo até cinco por cento".
Entre as empresas, cerca de 34 por cento pagariam mais por litro de gasóleo consoante o maior teor de biocombustíveis incorporado. Destas, mais de 87 por cento estariam mesmo disponíveis a pagar uma subida até cinco por cento.
De acordo com estudo, "quase 70 por cento das empresas refere a inexistência de rede de gás natural como o principal motivo para a utilização de GPL".
Existindo rede, "a principal razão para as empresas não terem contrato de gás natural prende-se com os elevados custos de instalação", lê-se no documento.
Também os consumidores particulares apontam os elevados custos de instalação como o principal motivo para não terem contrato de gás natural.
No âmbito da mobilidade elétrica, cerca de 31 por cento dos consumidores particulares estão dispostos a pagar mais para a aquisição de um veículo elétrico, sendo que destes cerca de 60 por cento aceitariam a pagar até cinco por cento a mais.
A maioria dos consumidores considera também a possibilidade de adquirir um veículo elétrico nos próximos dois a três anos.
Sobre a possibilidade de fazer uma mudança de fornecedor de eletricidade ou gás, cerca de 60 por cento dos consumidores particulares mostraram-se recetivos ou muito recetivos.
Nas empresas, cerca de 44 por cento já mudaram de fornecedor de energia elétrica, maioritariamente da indústria, e cerca de 14 por cento trocaram de fornecedor de gás.
CSJ
Lusa/Fim
Thursday, May 19, 2011
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