Wednesday, December 30, 2009
Sunday, December 27, 2009
ESTAIS CHEIO DELE
O xeque Mansour Bin Zayed Al Nahyan, milionário “patrão” do Manchester City, terá feito uma proposta de mil milhões de euros para adquirir o Real Madrid, noticia hoje o diário desportivo espanhol As.
Uma fonte não identificada pelo diário revelou ao As que o xeque “mandatou um grupo de intermediários para oferecer mil milhões de euros pela propriedade integral do Real Madrid”, onde alinham os futebolistas portugueses Cristiano Ronaldo e Pepe.
Apesar dos valores em causa, a oferta do xeque do Abu Dhabi colidirá com os estatutos do clube madrileno, que apenas poderá ser alvo de um negócio deste calibre se for transformado em sociedade anónima desportiva, o que só será possível com o aval dos associados.
Segundo o As, os intermediários do xeque e o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, deverão reunir-se no início do próximo ano para discutir a proposta.
Caso o milionário negócio avance, Mansour Bin Zayed Al Nahyan teria de se desfazer do Manchester City, pois os regulamentos da UEFA impedem que dois ou mais clubes tenham o mesmo proprietário
Uma fonte não identificada pelo diário revelou ao As que o xeque “mandatou um grupo de intermediários para oferecer mil milhões de euros pela propriedade integral do Real Madrid”, onde alinham os futebolistas portugueses Cristiano Ronaldo e Pepe.
Apesar dos valores em causa, a oferta do xeque do Abu Dhabi colidirá com os estatutos do clube madrileno, que apenas poderá ser alvo de um negócio deste calibre se for transformado em sociedade anónima desportiva, o que só será possível com o aval dos associados.
Segundo o As, os intermediários do xeque e o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, deverão reunir-se no início do próximo ano para discutir a proposta.
Caso o milionário negócio avance, Mansour Bin Zayed Al Nahyan teria de se desfazer do Manchester City, pois os regulamentos da UEFA impedem que dois ou mais clubes tenham o mesmo proprietário
Thursday, December 24, 2009
CHAMA O XAMÃ
Na montanha, no deserto, no tribunal
chama, chama, chama o xamã
na multidão, no bordel, no bacanal
chama, chama, chama o xamã
no rock, no punk, no carnaval
chama, chama, chama o xamã
no México, na América, em Portugal
chama, chama, chama o xamã
na alegria, na festa, no ritual
chama, chama, chama o xamã
chama, chama, chama o xamã
na multidão, no bordel, no bacanal
chama, chama, chama o xamã
no rock, no punk, no carnaval
chama, chama, chama o xamã
no México, na América, em Portugal
chama, chama, chama o xamã
na alegria, na festa, no ritual
chama, chama, chama o xamã
O POETA É LOUCO
ESTADO DE GRAÇA
ESTADO DE GRAÇA
Há três dias consecutivos que estou em estado de farra e rock n' roll. Foi o cacau que veio do jornal, foi a festa do Manuel do "Guarda-Sol", foi o "meddley" a matar no "púcaros" com o "Poema de Amor Inocente Em Jeito de Manifesto Autárquico para a Cidade do Porto" e a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro", foram também as palavras provocatórias introdutórias no "Art 7" de São João da Madeira do Angel e do Vitó. Depois houve aquela cena absolutamente "non-sense" nos Aliados, o gajo da câmara de filmar, o gajo do microfone a perguntar se eu era um homem que acreditava na sinceridade e depois a ficar 10 minutos calado e eu sem saber o que dizer. Uma cena absolutamente surrealista. Depois pediu-me para encostar o ouvido dele à minha barriga de cerveja. Eu deixei. As perguntas provocatórias sobre a homossexualidade, o abraço. Enfim, o gajo disse que o trabalho era só para ele. Vamos ver. Regressamos ao ecrã.
A verdade é que me sinto novamente em estado de graça, próximo dos deuses e do espíritos. Capaz de teorizar sobre a situação de palco. As bocas que tu mandas, as provocações, o gozo com a campanha política permanente têm resultado. Não é chegar ali e "vomitar" os poemas. Há que fazer um enquadramento quando nos sentimos à vontade para isso. É esta a nossa profissão, o nosso trabalhinho.
António Pedro Ribeiro
Há três dias consecutivos que estou em estado de farra e rock n' roll. Foi o cacau que veio do jornal, foi a festa do Manuel do "Guarda-Sol", foi o "meddley" a matar no "púcaros" com o "Poema de Amor Inocente Em Jeito de Manifesto Autárquico para a Cidade do Porto" e a "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro", foram também as palavras provocatórias introdutórias no "Art 7" de São João da Madeira do Angel e do Vitó. Depois houve aquela cena absolutamente "non-sense" nos Aliados, o gajo da câmara de filmar, o gajo do microfone a perguntar se eu era um homem que acreditava na sinceridade e depois a ficar 10 minutos calado e eu sem saber o que dizer. Uma cena absolutamente surrealista. Depois pediu-me para encostar o ouvido dele à minha barriga de cerveja. Eu deixei. As perguntas provocatórias sobre a homossexualidade, o abraço. Enfim, o gajo disse que o trabalho era só para ele. Vamos ver. Regressamos ao ecrã.
A verdade é que me sinto novamente em estado de graça, próximo dos deuses e do espíritos. Capaz de teorizar sobre a situação de palco. As bocas que tu mandas, as provocações, o gozo com a campanha política permanente têm resultado. Não é chegar ali e "vomitar" os poemas. Há que fazer um enquadramento quando nos sentimos à vontade para isso. É esta a nossa profissão, o nosso trabalhinho.
António Pedro Ribeiro
Tuesday, December 22, 2009
LIBERDADE
LIBERDADE
Vim ao mundo gratuitamente
não tenho de pagar o que como
nem o que bebo
não tenho de pagar
a ponta de um corno pela vida
nem tenho de trabalhar
para pagar o que como
e o que bebo
não tenho de me sacrificar
por coisa nenhuma
a vida é livre e gratuita
só faço o que quero
o que me dá na real gana
e é isto que vos tinha a dizer.
Vim ao mundo gratuitamente
não tenho de pagar o que como
nem o que bebo
não tenho de pagar
a ponta de um corno pela vida
nem tenho de trabalhar
para pagar o que como
e o que bebo
não tenho de me sacrificar
por coisa nenhuma
a vida é livre e gratuita
só faço o que quero
o que me dá na real gana
e é isto que vos tinha a dizer.
Friday, December 18, 2009
O AMOR
in PORTUGUESIA - a contraantologia (2009)
O AMOR
Os amigos dizem que eu só escrevo sobre mim
que eu só vomito poemas sobre mim
que ando com o ego inflamado
os amigos existem
tal como os bêbados e as flores
tal como os fofoqueiros pagos da tarde
tal como Cristo e o amor
sim, o amor
que eu sinto por ti
o amor que eleva
o amor para lá dos políticos
o amor para lá dos partidos
sim, o amor
essa coisa
que me tira da merda
essa coisa
que queima como o whisky
essa coisa
que desarma
e me despe de vaidades
que vem ter comigo quando ris
que vem ter comigo quando choras
que me dizes para parar de beber
o amor
o amor
essa coisa
essa coisa
essa coisa...
O AMOR
Os amigos dizem que eu só escrevo sobre mim
que eu só vomito poemas sobre mim
que ando com o ego inflamado
os amigos existem
tal como os bêbados e as flores
tal como os fofoqueiros pagos da tarde
tal como Cristo e o amor
sim, o amor
que eu sinto por ti
o amor que eleva
o amor para lá dos políticos
o amor para lá dos partidos
sim, o amor
essa coisa
que me tira da merda
essa coisa
que queima como o whisky
essa coisa
que desarma
e me despe de vaidades
que vem ter comigo quando ris
que vem ter comigo quando choras
que me dizes para parar de beber
o amor
o amor
essa coisa
essa coisa
essa coisa...
Sunday, December 13, 2009
ORFEUZINHO
Apesar de faltar o homem da concórdia, o "Orfeuzinho" é o café da concórdia. Os homens discutem a república e a cerveja da Alemanha. Os homens chegam a consenso sem necessidade de mediadores da ONU. Os homens coexistem pacificamente, amistosamente e trocam dinheiro por mercadorias. ESte é o lugar da sabedoria sensata. Os homens tratam-se como iguais e respeitam as mulheres. Este é o lugar da concórdia. Até vem cá o bigodes bebedolas que está preocupado com a morte e que pragueja. Aqui no "Orfeuzinho" fala-se da vida. Conta-se a vida. Vive-se. E o empregado ao balcão é um filósofo, faz maiêutica com os clientes. Um Sócrates atrás do balcão. O bigodes bebedolas protesta contra as leis. Até diz mal da polícia. Temos aqui perigosos subversivos. Aqui no "Orfeuzinho" há de tudo. Filósofos, conquistadores, subversivos. É assim que a vida rola. E eu acabo a segunda cerveja. O Pinto aperta o cinto. O autocarro vai cheio. Felizmente, deixei de andar de autocarro. Ontem é que estava bem com a Alexandra. Entendo-me bem com ela. Até me abraçou por causa do poema. Tenho uma luz por ela. É uma gaja muito fixe, sem preconceitos.
Thursday, December 10, 2009
UM POETA NO PIOLHO
POETA NO PIOLHO
Integrado nas comemorações dos 100 anos do café Piolho, no Porto, A. Pedro Ribeiro lança o livro "Um Poeta no Piolho" (Corpos Editora), só com textos escritos no Piolho, no próximo sábado, 12, pelas 17 h. A apresentação do livro vai estar a cargo do escritor Raúl Simões Pinto e conta também com a presença do editor Ricardo de Pinho Teixeira. A. Pedro Ribeiro é autor dos livros de poesia e manifestos "Queimai o Dinheiro" (Corpos, Março de 2009), "Um Poeta a Mijar" (Corpos, 2007), "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006), "Sexo, Noitadas e Rock n' Roll" (Pirata, 2003) e "Á Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001). Foi fundador da revista literária "Aguasfurtadas" e colaborador de diversas revistas e fanzines como "Portuguesia", "Cráse", "Voz de Deus", "Bíblia" e "Conexão Maringá" (Brasil). Diz poesia e faz performances poéticas e poético-musicais, tendo actuado nos Festivais de Paredes de Coura 2006 e 2009 e recentemente nas "Quintas de Leitura" do Teatro Campo Alegre. Foi activista estudantil na Faculdade de Letras do Porto, onde se licenciou em Sociologia. Foi jornalista e é cronista. É vocalista das bandas Mana Calórica e Las Tequillas.
Wednesday, December 9, 2009
GLÓRIA-PARTE IV
Escrevo. São seis da madrugada. Não consigo dormir. Escrevo o que vem do coração. Sou Jesus. Sou Morrison. Sou Nietzsche. Amo a Humanidade. A Humanidade despojada de Poder e de Dinheiro. O meu único poder é o poder da palavra. Ultimamente tenho feito os outros rir. Se calhar, tenho de virar o disco. Cantar o caos e o amor. Este será um grande dia. Se não adormecer entretanto percorrerei as ruas de Braga manhã cedo. Percorrerei as ruas de Braga em busca de glória. Percorrerei as ruas de Braga e amarei o humano dos homens e das mulheres. O humano que resta nos corações dos homens e das mulheres. E levarei comigo o padre Mário. O livro do padre Mário, o "Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação" faz-me renascer como o "Plexus" de Henry Miller. Já não sou o mesmo. Tenho mesmo uma missão na Terra. Escreverei livros e levarei a mensagem seja onde for. "Queimai o Dinheiro" já é um sinal, "Da Merda até Deus" será outro. Mas tenho de publicar as minhas prosas. Neste tom profético que já tem sido publicado na "Voz da Póvoa". Acredito no Homem, sou forçado a acreditar no Homem como Che Guevara acreditava. Não tenho nada a perder. Este é o caminho que tenho de seguir. Não há aqui dogmas, não há meias-palavras, não há cedências ao capitalismo ou ao Grande Irmão. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, renasço esta madrugada. Abençoado pela luz do padre Mário Oliveira. Abençoado pelo palco e pelos aplausos. Fascinado pela demanda do Graal, que é a mulher, que é Madalena. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, declaro-me revolucionário, filho das flores e do Maio de 68. Amante da Paz e da Liberdade. Poeta do caos e do amor. Profeta da rebeldia.
Tuesday, December 8, 2009
Regresso aos cafés
e ao "Nova Onda"
da senhora bonita
também há mulheres bonitas
na televisão
aqui na "nova Onda"
há alguma juventude
ontem no "Pinguim"
foi bom
não foi a glória
da semana passada
mas foi bom
no sábado tenho
a apresentação do livro
no "Piolho"
acaba-se o cacau
mas vem o livro
uma coisa compensa a outra
hoje não estou com grande pedal
estou como o tempo
cinzento
não há brilho
um bom dia para dormir
publicaram o poema "Ressaca"
num blogue semi-erótico
até me esqueço dos poemas
do "Á Mesa do Homem Só"
alguns são do melhor que tenho
como essa "Ressaca"
como a de hoje:
"Na ressaca das noites ébrias
crio cenários
liberto pássaros
absorvo conversas
tudo parece absurdo convencional
diante do meu fogo
diante da embriaguez permanente."
É um grande poema
não há dúvida
tenho de voltar a publicá-lo
neste "Poeta no Piolho"
voltei aos poemas do passado
e a mulher pede uma esquadra
tem havido roubos
e alguma violência
na zona
coisas que me passam ao lado
a minha violência é a da Grécia
a violência revolucionária
que parte bancos e montras
nada tenho a ver com assaltos
e agressões
até assinei a petição
bem sei que não gosto de polícias
mas fiz a vontade à mulher
sempre é bonita e jeitosa
definitivamente
a minha guerra não é esta.
GLÓRIA
Pedro Ribeiro - Glória-Parte IV
Escrevo. São seis da madrugada. Não consigo dormir. Escrevo o que vem do coração. Sou Jesus. Sou Morrison. Sou Nietzsche. Amo a Humanidade. A Humanidade despojada de Poder e de Dinheiro. O meu único poder é o poder da palavra. Ultimamente tenho feito os outros rir. Se calhar, tenho de virar o disco. Cantar o caos e o amor. Este será um grande dia. Se não adormecer entretanto percorrerei as ruas de Braga manhã cedo. Percorrerei as ruas de Braga em busca de glória. Percorrerei as ruas de Braga e amarei o humano dos homens e das mulheres. O humano que resta nos corações dos homens e das mulheres. E levarei comigo o padre Mário. O livro do padre Mário, o "Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação" faz-me renascer como o "Plexus" de Henry Miller. Já não sou o mesmo. Tenho mesmo uma missão na Terra. Escreverei livros e levarei a mensagem seja onde for. "Queimai o Dinheiro" já é um sinal, "Da Merda até Deus" será outro. Mas tenho de publicar as minhas prosas. Neste tom profético que já tem sido publicado na "Voz da Póvoa". Acredito no Homem, sou forçado a acreditar no Homem como Che Guevara acreditava. Não tenho nada a perder. Este é o caminho que tenho de seguir. Não há aqui dogmas, não há meias-palavras, não há cedências ao capitalismo ou ao Grande Irmão. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, renasço esta madrugada. Abençoado pela luz do padre Mário Oliveira. Abençoado pelo palco e pelos aplausos. Fascinado pela demanda do Graal, que é a mulher, que é Madalena. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, declaro-me revolucionário, filho das flores e do Maio de 68. Amante da Paz e da Liberdade. Poeta do caos e do amor. Profeta da rebeldia.
Escrevo. São seis da madrugada. Não consigo dormir. Escrevo o que vem do coração. Sou Jesus. Sou Morrison. Sou Nietzsche. Amo a Humanidade. A Humanidade despojada de Poder e de Dinheiro. O meu único poder é o poder da palavra. Ultimamente tenho feito os outros rir. Se calhar, tenho de virar o disco. Cantar o caos e o amor. Este será um grande dia. Se não adormecer entretanto percorrerei as ruas de Braga manhã cedo. Percorrerei as ruas de Braga em busca de glória. Percorrerei as ruas de Braga e amarei o humano dos homens e das mulheres. O humano que resta nos corações dos homens e das mulheres. E levarei comigo o padre Mário. O livro do padre Mário, o "Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação" faz-me renascer como o "Plexus" de Henry Miller. Já não sou o mesmo. Tenho mesmo uma missão na Terra. Escreverei livros e levarei a mensagem seja onde for. "Queimai o Dinheiro" já é um sinal, "Da Merda até Deus" será outro. Mas tenho de publicar as minhas prosas. Neste tom profético que já tem sido publicado na "Voz da Póvoa". Acredito no Homem, sou forçado a acreditar no Homem como Che Guevara acreditava. Não tenho nada a perder. Este é o caminho que tenho de seguir. Não há aqui dogmas, não há meias-palavras, não há cedências ao capitalismo ou ao Grande Irmão. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, renasço esta madrugada. Abençoado pela luz do padre Mário Oliveira. Abençoado pelo palco e pelos aplausos. Fascinado pela demanda do Graal, que é a mulher, que é Madalena. Eu, António Pedro Ribeiro, 41 anos, declaro-me revolucionário, filho das flores e do Maio de 68. Amante da Paz e da Liberdade. Poeta do caos e do amor. Profeta da rebeldia.
Saturday, December 5, 2009
SOU DO WHISKY
Volto ao whisky
e a coisa arde
volto ao whisky
e a coisa morde
õs amigos e as amigas
pagam-me as despesas
volto ao whisky
e escrevo à mesa
volto ao whisky
espero um amigo
volto ao whisky
e a coisa dança
pode ser que alucine
volto ao whisky
e a coisa dói
sou do whisky
como o Ribeiro
àgua de ouro
àgua que queima
volto ao whisky
no rio Douro
volto ao whisky
e sou do Porto
estou no "Piolho"
o sangue corre
sou do whisky
sou o primeiro
até que bata
até que mata
sou do whisky
o dia inteiro.
e a coisa arde
volto ao whisky
e a coisa morde
õs amigos e as amigas
pagam-me as despesas
volto ao whisky
e escrevo à mesa
volto ao whisky
espero um amigo
volto ao whisky
e a coisa dança
pode ser que alucine
volto ao whisky
e a coisa dói
sou do whisky
como o Ribeiro
àgua de ouro
àgua que queima
volto ao whisky
no rio Douro
volto ao whisky
e sou do Porto
estou no "Piolho"
o sangue corre
sou do whisky
sou o primeiro
até que bata
até que mata
sou do whisky
o dia inteiro.
Tuesday, December 1, 2009
Chego ao "Piolho" e escrevo
o livro já está quase pronto
comprei mais dois
dos usados a 1 euro
"Imitação de Cristo"
e "Nome de Guerra"
de Almada Negreiros
isto no Porto e no "Piolho"
é outra vida
sempre é a segunda cidade do país
não é como na aldeia
sempre a morrer
não se passa nada
daqui a bocado
aparece o Simões
tenho o curriculum literário
para entregar-lhe
o cão ladra lá fora
e eu estou cheio de speed
até vou pedir um fino
o dia está a começar
e amanhã os trabalhadores
não trabalham
para mim é igual
é mais uma noite de diversão
até vou voltar ao "Pinguim"
tenho cacau nos bolsos
e vou ficar até de manhã
não ando com muita
vontade de ler, é certo
mas deve ser coisa passageira
mais um livro:
o oitavo
a caminho
isso é que conta
não a vidinha
nem as conversas
do senso comum
este poema nem é
dos melhores
que tenho escrito
ultimamente
mas a coisa lá vai saindo
ao ritmo do fino
aqui no "Piolho"
e em mais lugar nenhum.
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