Aos amigos esquecidos, às gentes que carregam a manta, nesta data onde se cantam loas á solidariedade e à caridadezinha…
Um poema de Alexandre O`Neill…
Nunca jantam, quando jantam,
Onde almoçam, quando almoçam.
Condenados, pois claro, à revelia,
O que deixam é um nome nos arquivos
E continuam maus, sornas e vivos.
O aguardente aquece-lhes a casa,
O tabaco fuma-lhes a prosa.
Quando dormem,
Nem formiga os acorda.
Aceitam trabalho aqui,
Mas sobretudo acolá.
É gente de pau e manta,
Ó minha linda,
Gente que pra ti não há.
http://lutapopularonline.blogspot.com
Saturday, December 25, 2010
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