Thursday, December 16, 2010


Posso escrever numa era revolucionária sem ser sobre a revolução. Posso escrever sobre a D. Rosa que regressou e que conta a vida. Posso escrever sobre a menina da “Motina” que traz os cafés. Poder-lhe-ia dedicar um poema de amor. Posso cantar a liberdade sem falar de sexo. Posso falar uma linguagem não-económica. Posso falar no amor entre o homem e a mulher. Posso escrever com amor. Posso cantar a loira que entra. Posso ser completamente doido na confeitaria. Posso acreditar no novo homem. Posso acreditar no homem que cria e ama. No homem sem dinheiro, sem ganância. Posso ir até ao fim. Posso crer em mim.

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