Friday, October 14, 2011

POESIA INCENDIÁRIA


poesia incendiária
poesia incendiária
é o que escrevo
não suporto
a Fátima Lopes
nem a máquina da verdade
não aceito
que o Passos
me roube a vida
nem ele nem os palhaços
da UE, da Merkel, do FMI

poesia incendiária
assusta-vos
mete-vos medo
fechai-vos na casinha
levai a vizinha
e o ouro dela
e tu cala-te, Fatiminha,
estou farto
de perguntas imbecis
meteis essas merdas
nos cérebros das pessoas
levais-las na conversinha
até pareceis inocentes
ide arder com o Obama
para Wall Street
sois todos amiguinhos
jogais tão bem o jogo
até começo a simpatizar
com os ladrões de bancos
e com os que rebentam
as caixas multibanco
pode ser que chova
algum para mim

vá, Fátima
vá, Bárbara,
entretei-nos com os gordos
continuai na "Casa dos Segredos"
enquanto eu
vou incendiando por aqui
acautela-te, ó Passos,
nada tenho a perder
já andei pelos partidos
já vi o que tinha a ver
e vós continuai
a dar as boas-tardes
a entregar as vossas vidas
isto vai começar a arder
nada está seguro
sou o poeta do caos
provoco
gozo
ameaço
já tenho a fama do arruaceiro
em várias cidades
a polícia sabe
começo realmente
a subir aos céus
o ouro é meu,
ó máquina da verdade
da Fatiminha
ó gordos da Babá
ó macacos e macacas
do "Big Brother"
dói, não dói?
Queima!
É a poesia incendiária
a poesia incendiária
vai tomar conta do mundo.

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