Saturday, November 8, 2008
O AMOR- 27
Vinde, deuses,
quero estar possesso
como Nietzsche
dai-me o amor!
O amor por uma mulher
o amor entre os homens
Vem, cerveja,
quero ficar divino
quero escrever O Poema
que permanece
que entontece
Vinde, deuses,
fazei-me dançar
berrar ao infinito
trazei-me o amor
que não está
nos anúncios televisivos
que não está na bolsa
que não está no mercado
que não é contabilizado
que não está
no Orçamento Geral do Estado
Vinde, companheiros,
brindemos ao amor
o amor tem andado esfarrapado
o amor tem andado amordaçado
o amor tem andado a mendigar
mas o amor continua
dentro de nós
Vinde, camaradas,
afinal não precisamos do partido
nem de comités centrais
nem tão pouco de disciplina
ou militância
o que importa é derrotar o ódio
o amor está dentro de nós
O amor!
Sim, o amor com que me tocas
o amor que me põe em cima
que me faz acreditar
o amor...
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1 comment:
:-)
fica bem.
Até amanhã.
CSD
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