Thursday, January 8, 2009

A VIDA


Bebo e escrevo. Cumpro a meta diária. Às vezes sinto-me um deus, outras um farrapo. Vou dando umas voltas. Hoje senti-me nos antípodas do primeiro-ministro e do ministro das Finanças. Não pertenço à raça do económico. A minha linguagem não é a das percentagens nem a das estatísticas. Sou contra o mercado. Sou contra a redução de tudo a um mercado. Não estou no mercado. Não sou um detergente. A linguagem do mercado, da economia é absolutamente imbecil, redutora e absurda, é a linguagem da morte. Falemos do homem. Não há alegria na linguagem do mercado e da economia. A linguagem do mercado é uma linguagem oca, vazia, quadrada. Há alegria na criação de novos valores. Os valores do homem, do homem nobre, do Artista. Os valores do que cria, do que cria a cantar e a dançar. Do que cria fora da economia. Nietzsche está aqui. Falemos do Amor. Da Liberdade. O resto é merda. Os jovens que se revoltam na Grécia revoltam-se pela Vida. A Vida que não está nas mãos dos banqueiros, dos governos, das multinacionais, do cálculo mesquinho e egoísta. A vida é a alegria pura, a volúpia, a liberdade de seguir o meu caminho, sem polícias nem controleiros, sem mercado, sem regras castradoras. A vida está dentro de nós. Jim Morrison está aqui.

1 comment:

Claudia Sousa Dias said...

olha...aqui está a nevar...aliás já parou e agora está um frio de cortar À faca,mas nevou durante duas horas...

fartei-me de tirar fotografias e filmar...em famalicão é um verdadeiro fenómeno!

:-)


CSD