Wednesday, June 17, 2009

O SEXTO POEMA


Afinal hoje é que bato todos os recordes
já vou no sexto poema
e não dou sinais de fadiga
até estou a estrear o novo caderno
se estou em delírio
é um delírio contido
pelo menos até ver
é certo que há bocado na confeitaria
já estava em êxtase
agora estou em comunhão com os elementos
os gatinhos trepam as telhas
e fazem-me voltar à infância
esta era a casa da minha avó
não me tornei um profissional empenhado
como o meu pai ou como o meu tio
sempre fui preguiçoso
mas a preguiça é necessária à criação
os meus livros chegam a pouca gente
lá vou aparecendo nos jornais e nas feiras do livro
continuo a postar estas coisas no blogue
5 ou 10 gajos lêem
o que já não é mau
há quem prefira ficar no anonimato
as pessoas sabem que escreves
mas desconhecem a tua obra
as pessoas trabalham
e cansam-se
e tu escreves estas merdas
não és mais nem menos do que eles
apesar de, às vezes, te sentires sublime.

1 comment:

Claudia Sousa Dias said...

é verdade...
acontece...


csd